Entre a rua e o quarto,
só e aninhada,
aconchego e liberdade,
vício e rotina,
mansidão feroz, sou.
Paz e fúria,
euforia e pé no chão,
a que ama e despreza,
ossos de dúvidas,
uma certeza
à procura de perguntas.
Estou.
Sou o que sequer imagino,
o que minto e confesso,
alma e corpo girando
em fragmentos,
ausência e explosão de luz.
Durmo, acordo, acordo, durmo
e volto a sonhar
como se na pele
não tatuasse pesadelos.
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